quarta-feira, 15 de abril de 2009

VCE, colaboração e relacionamento on-line



# Matéria publicada originalmente na MIT Sloan Management Review e disponível (traduzida) na HSM Management de março-abril de 2009, traz uma matéria sobre VCE (Virtual Customer Environment), o que eu venho chamando de tipo de espaço controlado pelas organizações quanto á geração de conteúdo. VCE, ou ambiente virtual do cliente, nada mais é que um espaço de conversação mediada por computador aberto por algumas empresas (Nokia, Volvo, Microsoft, Ducati, HP, IBM, Palm, entre outras) com relação aos seus clientes. A ideia faz parte de uma estratégia de inovação e de criação de valor e acabou por ter consequências quanto ao relacionamento empresa-cliente.

Os autores Satish Nambisa, professor de gestão de tecnologia e estratégia da Lally School of Management (Rensselaer Polytechnic Institut, Ny, EUA) e Priya Nambisan, da State University of New York, avaliaram VCEs de diferentes empresas por quase sete anos e chegaram a conclusões interessantes quanto à análise dos mesmos e dicas para operacionalização da colaboração.

- Formas de participação dos clientes em VCE: conceituadores de produto, designers de produto, testadores de produto, especialistas em assistência técnica e divulgadores de produto.

- Experiências do cliente em VCE: pragmática, sociabilidade, usabilidade, hedonista.

- Efeitos da experiência: 1) contribuições ao VCE; 2) relação com a empresa;

- Dicas para enriquecer experiência do cliente no VCE: 1) design do VCE estimulante; 2) contato com pessoas da empresa (buddies); 3) administração de expectativas dos clientes.

Quanto à experiência do cliente em VCE, não concordo com a classificação feita. Creio que a sociabilidade está na base de qualquer contato feito por meio de qualquer ferramenta na web, o que incorporaria a busca por informação (citada como a experiência pragmática) ou hedonista (lado lúdico da troca de informações e do manejo de mapas e desenhos, por exemplo). A usabilidade é fundamental para esta análise.

É interessante notar como a análise feita não aprofunda a questão da função divulgadores do produto. Acredito que essa ocorrência apareça pouco na matéria devido ao fato que espaços controlados de mídia não serem os mais favorecidos para essa função.

Nenhum comentário: