Sua própria explicação para os fracassos no amor, agora velha e cada vez menos confiável, é que ainda tem de encontrar a mulher certa. A mulher certa enxergará, através da superfície opaca que ele apresenta ao mundo, as profundezas interiores; a mulher certa destravará as intensidades ocultas da paixão dentro dele. Até a chegada dessa mulher, até o dia destinado, ele está só passando o tempo. Por isso Marianne pode ser ignorada.
Uma questão ainda o atormenta e se recusa a ir embora. Será que a mulher que destravará as reservas de paixão dentro dele, se existir, libertará também o fluxo bloqueado da poesia; ou, ao contrário, depende dele próprio se transformar em poeta e assim provar-se digno do amor dela? Seria bom se a primeira hipótese fosse verdadeira, mas desconfia que não é.
10 anos de Lava-Jato: o que ficou?
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A operação mais espetaculosa de combate à corrupção da história recente do
país completou 10 anos. A Rádio Nacional produziu uma série de reportagens
para ...
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